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Rejuvenescido e revisto

Duas exposições na Galeria Conviv’art, no Campus Central da UFRN, celebram os 40 anos de fundação do Núcleo de Arte e Cultura da instituição

Vicente Vitoriano

Em 2019, o Núcleo de Arte e Cultura (NAC) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte faz aniversário de 40 anos. Entre os eventos alusivos à data, em que se incluiu a inauguração de novas instalações do Núcleo no Campus Central, foram elaboradas duas exposições de artes visuais para exibição na Galeria Conviv’art. A seguir, comento a primeira exposição, aberta no dia 23 de maio, data da inauguração das novas instalações.

Esta exposição foi criada a partir da seleção de 14 artistas que em algum momento estiveram envolvidos com o NAC. A curadoria, formada por Elidete Alencar, também coordenadora da galeria, e por mim, procurou contemplar artistas que se enquadrassem em diversas categorias de relações entre os artista e o NAC. Dessa forma, foram incluídas as ex-diretoras Ângela Almeida, Marlene Galvão e Selma Bezerra; os curadores Carlos José Marques, Erasmo Andrade e eu; as professoras do atelier do NAC Erismar Antunes e Judite Pondofe; os funcionários Ébeson Rolim, Ênio Góes, J. Medeiros e Levi Bulhões; e as colaboradoras Ivanilda Pinheiro e Socorro Evangelista.

Naturalmente, a exibição configurou-se eclética em termos de abordagens técnicas e temáticas, como também incluiu obras recentes e outras realizadas já há algum tempo. Como crítico, destaco o trabalho interativo de Selma Bezerra – de obras construídas pelo pisoteio de transeuntes ou pela rolagem de veículos sobre o suporte de papel estendido em vias públicas de Natal, algo como a frotagem celebrizada pelo surrealista Marx Ernst e também experimentadas pela potiguar Sayonara Pinheiro. Nas obras, a artista ainda intervinha com aspersão de pigmentos em pó ou pinceladas destes misturados a emulsões acrílicas.

Vicente Vitoriano, artista visual, poeta e músico, é professor aposentado do Departamento de Artes da UFRN e autor dos livros “Os Vértices do Triângulo” (Fundação José Augusto; 65 págs.; 1985) e “A Falsa Simetria” (Sebo Vermelho; 126 págs.; 2002).

CAVALETE Obra sem título da artista visual Selma Bezerra que integrou a primeira exposição comemorativa dos 40 anos do Núcleo de Arte e Cultura da UFRN; mostra trouxe ainda outros 13 artistas potiguares ligados à instituição