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Depois da festa

Fundador de Navegos presta contas aos apreciadores e seguidores da revista digital que tendes debaixo da vista. Que lês agora, amigo.

*Franklin Jorge, Editor.

Esse tsunami de celebrações que me assoberbaram, nestes dias de primavera à brasileira, deixaram-me em falta com mitos. Deixamos de publicar os gentis Colaboradores desta revista e alguma coisa que já se faz pacientemente esperar.

Estou agora respondendo, ao espirituoso cardápio, publicando mais uma crônica cultural produzida por Francisco Alexsandro Pereira Alves, Francisco Alexandro comentando, resumindo e apresentando em textos lúcidos, dinâmicos, colaborativo, tem sua audiência expandida em uma das obras magnas de Luís da Câmara Cascudo, a História da alimentação no Brasil transformada em seriado pela Amazon Prime em 16 capítulos. Melhor dizendo, contribuindo para valorizar uma voz fundamental na compreensão e interpretação da nossa brasilidade.

Nadja Lira. Colaboradora Emérita. Fernando Machado. Ary Quintella. Percinaldo Toscano. Gerinaldo Moura, alguns dos nomes que abrilhantam Navegos, revista que participa da luta em defesa da liberdade de expressão, vítima de recentes e supremas chicotadas. Postagens da memoria da artista e professora de aquarelas e da língua alemã, Martha Wanderley Salem, vista por ex-alunos seus. A excelente prosa de Cléber Pachego e de Gustavo Abraão, em textos servidos em pequenas e apetitosas porções. Enfim, as deleitáveis colaborações que enriquecem Navegos.

Não falarei dos fragmentos de livros meus, inéditos, que escolhi dentre os manuscritos acessíveis. Copiados de um florilégio do que escrevi, como Diários do Rio, Meus fantasmas [cariocas], Velhas figuras do tempo de El-Rey, e outros, contidos em Páginas escolhidas de 20 diferentes títulos do autor.

Carlos Roberto de Miranda Gomes, escritor, artista plástico, amantes de gatos e homem útil à cidade, filantropo, dedicado a performances benfazejas. Lançou recentemente dois títulos, Folhas de outono, memórias na fronteira da ficção; e O circo, livro curioso, instigante, que faz o leitor partícipe desse relato espirituoso. Se eu for cascavilhar, encontro uma biblioteca.

Em três palavras, confesso que falhei. Talvez ainda contaminado por resquícios de vaidade e narcisismo juvenis, fui atropelado por meus 70 anos, elegantemente comemorado por Toinho Silveira no Piazzale Sicília.

Contudo, aos poucos, vou saldando a minha dívida com os Colaboradores, Leitores e Seguidores de www.navegos.com.