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Assu celebra 175 anos de emancipação

Cidade pólo do Vale do Assu, conhecida por sua vida cultural pretérita, a Cidade comemora nesta data sua emancipação política.

*Da Redação

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Originalmente a chamada “Aldeia Grande” dos índios potiguares, com a conquista pelos portugueses recebeu outras denominações, como Hospício de Santa Margarida, em verdade uma unidade militar criada para garantir a vida dos colonizadores; Vila da Princesa e, finalmente, Assu, comemora neste 16 de outubro seu 175o aniversário de emancipação política.

As charqueadas começaram no Assu 200 anos antes da criação do Rio Grande do Sul, foi por muitas gerações a maior reserva bovina, chegando a abastecer de carne seca três Capitanias. Cidade rica e próspera, chegou a ter 12 teatros e mais de 150 jornais no decorrer dos anos, decaindo com o fim do extrativismo da cera de carnaúba, da produção algodoeira – extinta pela praga do “Bicudo” – e de sucessivos maus governos que deixaram o município de cócoras pelos sucessores do prefeito Arcelino Costa Leitão e Maria Olímpia Neves de Oliveira, que marcaram uma época de governança progressista.

Culturalmente, rivalizou com a própria Capital do Estado. E foi palco do maior genocídio jamais ocorrido em terras brasileiras, o extermínio dos primitivos habitantes e senhores da terra. Domingos Jorge Velho, paulista que se especializou no extermínio de populações indígenas, dizimou os remanescentes da ainda pouco estudada Guerra dos Bárbaros, que durou 40 anos de uma guerra de guerrilhas na qual os índios envenenavam as nascentes e cacimbas jogando nelas os intestinos de gado que tornavam a água imbebível.

O pagamento do morticínio era feito contra a apresentação de partes de orelhas dos índios assassinados, aceitas como prova da execução.

Abaixo vídeo comemorativo ao som do Hino do Município composto pela poetisa e musicista Sinhazinha Wanderley, notável educadora que tinha o costume de levar flores para seus alunos. Morreu na mais negra miséria.