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Artistas unem talentos contra gestores caloteiros

O que o Fundador de Navegos, Franklin Jorge vem denunciando há anos, sobre a exploração dos artistas locais por governantes desonestos, atingiu um ponto de saturação. Os artistas, já exaustos de tantos calotes e humilhações, uniram seus talentos por uma causa comum, seguindo sugestão que pede a união em favor de todos, proposta pelo escritor e jornalista que se destaca por sua luta em defesa da nossa cultura. A fundação José Augusto, do Governo do Estado, também sofreu contundentes críticas que mostram sua inutilidade e desserviço à cultura da nossa terra.

*Da Redação

Em sua edição desta quarta-feira, 1º de Abril, o jornal Tribuna do Norte escancarou a revolta de artistas e produtores culturais contra instituições culturais que humilham e perseguem àqueles que dispendem tempo em energia em projetos de governo sem previsão de fundos.

As críticas mais contundentes recaem contra o secretário de cultura da Prefeitura de Natal, que se perpetuou no cargo que acumula com o de presidente da Fundação Capitania das Artes e da Fundação Hélio Galvão, Dácio Tavares Galvão. Como gestor, age de maneira dinástica e absolutista. Ele se acha com o direito de mandar e desmandar na cultura do município. É muito poder nas mãos de uma única pessoa que age sem nenhum controle, seja de seus empregadores, seja da Promotoria de Defesa do Patrimônio, um zero à esquerda em tal matéria. Nem mesmo a Procuradoria Geral da República tem-se dado a esse esforço, mesmo considerando-se que há verbas federais envolvidas nessas mamatas e maracutaias.

Inescrupuloso e autoconfiante como os meliantes, controla há anos a imprensa local, contratando eventualmente editores de cultura com o intuito de evitar críticas à sua gestão perniciosa e antidemocrática, atraindo para os seus superiores o descontentamento de quem trabalha nessa área aviltada por maus governantes e exploradores de uma categoria que recebe migalhas por seu trabalho e ainda são submetidos a vexames e humilhações.

Doentiamente narcisista e sem preparo, paga a violeiros com dinheiro público para cantar-lhe loas, abuso que tem passado despercebido da vigilância do Ministério Público. Ao tomar posse como secretário, fez-se introduzir no Salão Nobre da Prefeitura acompanhado de violeiros pagos para repercutir-lhe o inexistente talento. Algo que chamou a atenção dos presentes, mas não mereceu uma única linha publicada pela imprensa.

A matéria, publicada pela Tribuna do Norte, repercutiu como uma bomba, embora o problema seja velho, tem se agravado a cada nova gestão. Segundo a leitora Margareth Almeida, indignada com os fatos, “isso é um absurdo!! Para as bandas que vêm de outros estados se paga adiantado, e para a prata de casa essa peleja todinha…vergonhoso!!!  Ridículo, escabroso, de má fé!!!!!  Torço para que resolvam o mais rápido possível essa pendenga!!” já o produtor cultural Nelson Rebouças, que trabalha na área desde os anos de 1970, atribui o problema à discriminação e perpetuação da política cultural do abandono, descaso com artistas, agentes culturais, com a arte, a cultura e a economia criativa. Esqueceram de mim, antes mesmo de ser lembrado.”

Prefeito dá posse à polêmico secretário de cultura Dácio Galvão.